A Segunda Pele | Balbina Mendes

Galeria da Antiga Capitania
A série de pinturas A Segunda Pele resulta do fascínio pela máscara, símbolo do outro ou dos inúmeros que habitam cada ser humano.
Assim, a máscara pode ser percecionada num poema, nas camadas de tinta sobrepostas ou no plexiglass, que se sobrepõe a um rosto.
A Segunda Pele são as múltiplas máscaras que ocultam e denunciam, obliteram e revelam...
A camada exterior, o plexiglass," introduz-se" na pintura e só por si funciona como máscara. É como um filtro que, por um lado, distancia o espetador da superfície da tela e, por outro, adiciona uma nova imagem e grafismo à pintura. A camada de vidro acrílico torna-se, assim, duplamente máscara, e guarda e mostra ainda o reflexo que o plexiglass permite.
Exposição "armadilha", o observador também se vê a si próprio, projetado para além da máscara que observa.
E o próprio meio envolvente vai adicionando à tela diferentes máscaras, em sucessivos reflexos.