Dia Internacional e Noite Europeia dos Museus

Público em Geral
Entrada Livre (sujeita à lotação do espaço)
Informações: Museu de Aveiro / Santa Joana | Av. Santa Joana 3810 – 164 Aveiro. Tel: (+351) 234 423 297 | E-mail: museusdeaveiro@cm-aveiro.pt
Organização CMAveiro
17 maio
VISITA LIVRE
ENTRADA GRATUITA NOS MUSEUS DE AVEIRO
20h00 > 23h30
MULTIDISCIPLINAR
ÍNDIGO - ALAUARIO ET SALINAS
por Henrique Vilão
Concerto a solo de Henrique Vilão, realizador, performer, videoartista e músico experimental, criado exclusivamente para o contexto desta open call. A ideia central deste projeto é a proposta de uma aproximação entre práticas e conceitos sonoros associados a diferentes momentos da história da música à música contemporânea, bem como entre a ideia de som no cinema e o contexto performativo. No fundo, este projeto procura aproximar momentos distantes e realidades diferentes da História da Arte, indo ao encontro da ideia de ausência de linhas temporais estanques, dilatando cronologicamente práticas sonoras e explorando a ideia de anacronismo como ponto de partida criativo, propondo uma experiência imersiva. Nesta lógica imersiva propõe uma contemplação cromática e de enquadramento emocional associada a um espetro de cor abundante na região, e que a vista das janelas do espaço proposto deixa antever em alguns momentos do dia. Por outro lado, no campo atemporal e da dilatação cronológica mencionada, evoca o nome primitivo de Aveiro, colocando este território no centro da criação, bem como o seu património intangível e a herança cultural coletiva que une não só os seus habitantes como o seu passado, presente e futuro. Índigo - Alauario et Salinas procura também aprofundar um hibridismo de linguagens e práticas que se ligam à formação e experiência do autor do projeto, não só como cineasta e investigador, mas também como artista multidisciplinar, músico e performer.
20h30 | Museu de Aveiro / Santa Joana (Sala 7)
MÚSICA
ENCONTRO DE CULTURAS SONORAS
por Daniel Fonseca e Sandro Marcondes | Duo Violãocello
Duo de guitarra clássica e violoncelo, combinação que oferece uma paleta tímbrica rica, versátil e intimista. Esta escolha instrumental permite um equilíbrio delicado entre a solidez harmónica e rítmica da guitarra e a expressividade melódica e lírica do violoncelo, criando condições ideais para a interpretação de repertórios oriundos de universos distintos, mas complementares. O Duo Violãocello formado no ano 2021, na cidade de Aveiro é formado pelo guitarrista Daniel Fonseca e o violoncelista Sandro Marcondes. A sonoridade do Duo tem como raiz a fusão de duas culturas irmãs - Brasil e Portugal, tais como as naturalidades dos dois membros. O repertório que interpreta é instrumental de caráter erudito e tem como objetivo ser eclético, abrangendo vários períodos da História da Música, não deixando de imergir na herança cultural da Música Brasileira e Portuguesa.
21h30 | Museu de Aveiro / Santa Joana (Varandim)
MÚSICA
SOL DE INVERNO
por Samuel Marques & Vasyl Tsanko
"Sabe deus que eu quis / Contigo ser feliz, / Viver ao sol do teu olhar / Mais terno.”
Sol de inverno, a expressão da frieza e da falta de calor emocional. O sol, outrora sinónimo de vida e energia, é agora algo distante e frio, refletindo a tristeza e a solidão que assolam a sociedade contemporânea.
“Morto o teu desejo, / Vivo o meu desejo, / Primavera em flor / Ao sol de inverno."
Neste recital, o espectador é convidado a sentir-se em contacto com a Natureza, observando as paisagens de Sibelius, contemplando o luar através do olhar de Dvořák, viajando pelas estações de Piazzolla, ou ainda experienciando a força da água de Schubert.
"Sonhos que sonhei, / Onde estão? / Horas que vivi, / Quem as tem? / De que serve ter coração / E não ter o amor de ninguém?"
Sol de inverno, expressão que transmite um entusiasmo de curta duração, passageiro.
"Vivo de saudades, amor. / A vida perdeu fulgor. / Como o sol de inverno / Não tenho calor.”
Conceito artístico
Sol de inverno é uma expressão que transmite um entusiasmo de curta duração, passageiro, tão evidente na sociedade dos dias de hoje. Sol de inverno é uma metáfora para as comunidades em que estamos inseridos, que são marcadas por um ritmo de vida muito acelerado e por constantes transformações. É assim que este recital se enquadra no tema deste ano da celebração do Dia Internacional dos Museus e Noite dos Museus: “O Futuro dos Museus nas Comunidades em Rápida Mudança”. Com este recital pretende-se promover a Música como forma de Arte e Património Imaterial, inspirando à reflexão sobre a herança cultural das nossas comunidades e como ela se projeta no futuro. Promove-se também a arte nacional e local, tendo como intérpretes dois jovens músicos com carreira consolidada em Portugal, e incluindo uma obra de um jovem compositor português emergente (Eduardo Lima), obra essa que recria um tema do cancioneiro popular português. Este projeto consolida-se, portanto, como um foco de inovação, cooperação e desenvolvimento social e cultural.
22h30 | Museu de Aveiro / Santa Joana (Sala 1)
18 maio
ENTRADA GRATUITA NOS MUSEUS DE AVEIRO
17 maio e 18 de maio
INSTALAÇÃO
LUGARES INCERTOS
por Joana Cancela
Vivemos em tempos de excesso e ausência. Excesso de informação, ausência de reflexão. A nossa relação com o mundo torna-se cada vez mais fugaz, mais superficial, mais apática. Esta proposta lança um desafio direto e íntimo: resgatar a responsabilidade de ocuparmos o nosso lugar — no mundo, na comunidade, em nós próprios.
Até quando vais escolher a tua apatia em vez de ocupares o teu lugar?
Esta pergunta não é um convite. É uma inquietação.
É o murro no silêncio confortável onde te escondes, onde deixaste que a tua voz se dissolvesse.
Vivemos mergulhados num fluxo incessante de imagens, opiniões e algoritmos que moldam o que pensamos antes mesmo de termos tempo para pensar.
Consumimos informação com a mesma pressa com que ignoramos o impacto que ela imprime nas nossas emoções, nas nossas escolhas, no que somos.
Deixámos de habitar o nosso lugar na comunidade, na sociedade, no mundo — e, aos poucos,deixámos também de habitar-nos a nós próprios.
Pergunto-te, com a urgência de quem já não se reconhece no espelho:
Qual é, afinal, o desconforto mais profundo da tua apatia? e até quando vais suportá-lo?
Partilha contigo mesmo, em papel e pendura, ou com alguém que esteja aqui ou ali.
Museu de Aveiro / Santa Joana
INSTALAÇÃO
TECER O FUTURO – MEMÓRIA, SUSTENTABILIDADE E COMUNIDADE
por Estela Ribeiro de Melo | Projeto OvelhaMãe
Instalação participativa de um tear manual, onde os visitantes poderão contribuir para a criação de um painel têxtil coletivo, utilizando redes de pesca inutilizadas ou roupas descartadas. A peça incluirá luzes LED alimentadas por energia solar, tecidas juntamente com os materiais, representando a união entre tradição e inovação. A obra final será exposta como símbolo da sustentabilidade, do património imaterial e do envolvimento da comunidade.
Museu da Cidade
INSTALAÇÃO
METAMORFOSES: O SOM E A LUZ NO PERÍODO ARTE NOVA
A partir de 1900 o mundo transforma-se. A noite ilumina-se, fruto do advento da eletricidade, e o som ganha novos ritmos, graças às primeiras gravações sonoras que transportam os repertórios musicais para novos locais, gerando novas influências e estilos.
Esta instalação alude ao ambiente de 1900, em que as noites, ganham matizes de cor e os sons novas vivências, convidando a desfrutar da beleza única da Arte Nova aveirense.
Museu Arte Nova