Museu da Cidade

O Museu da Cidade está organizada a partir de temas que narram a história de Aveiro: um território natural sobre o qual a cidade cresceu e se desenvolveu formando uma urbe ativa, só possível graças ao dinamismo da população - as pessoas - e cujas manifestações revelam uma identidade cultural muito própria.
Na sala imersiva, localizada no piso de entrada, oferecemos-lhe, num relance, a contemplação de Aveiro, do seu património cultural e natural. Um ponto de partida para a visita ao museu que o vai deixar com vontade de partir à descoberta da cidade e do território.
A sala Aveiro. Território apresenta o espaço físico dominado pela imensa Ria de Aveiro, ao mesmo tempo que mostra os recursos naturais cuja exploração, ao longo de séculos, proporcionou rendimento à população: o moliço, a pesca, a cerâmica e o sal, este último é o elemento que atribui a identidade mais remota a Aveiro datado do século X.
A sala Aveiro. Vila/Cidade mostra como o território foi sendo ocupado e desenvolvido, desde os registos do Neolítico, na Agra do Crasto [4.º milénio a.C.], até ao presente. Um território organizado em bairros e tendo a terra como matéria-prima privilegiada, sob a forma de cerâmica e de adobes. A cronologia apresentada no corredor que antecede esta sala contribui para uma melhor perceção dos tempos de Aveiro, revelando factos, acontecimentos e personalidades que marcaram o desenvolvimento do território.
Um território constrói-se pela mão das pessoas, os protagonistas que associam a comunidade anónima e os agentes associativos a um conjunto de personalidades que, pela sua ação política, social, cultural e desportiva elevam Aveiro ao reconhecimento nacional e internacional e apontam rumos de progresso. Os seus nomes e os seus feitos dão vida à sala Aveiro. Pessoas.
Por fim a sala Aveiro. Identidade, na qual um conjunto de objetos mostra os valores culturais de referência para Aveiro. Ao centro da sala encontra-se um pequeno barco moliceiro, de vela içada, orientado para a varanda, como que a querer sair e navegar pelo Canal Central fronteiro ao edifício do Museu da Cidade. Circunda-o um exemplar do Gabão de Aveiro, o casaco de abafo usado pelos homens já referido por Eça de Queirós e que é hoje uma peça fundamental dos Mordomos de São Gonçalinho, ao mesmo tempo que serve de inspiração para a capa do traje académico dos estudantes da Universidade de Aveiro. A identidade não fica completa sem os ovos-moles, o doce de origem conventual que todos querem provar, nem sem a devoção a Santa Joana de Aveiro, a padroeira da Diocese e da cidade e cujo túmulo se encontra no Museu de Aveiro / Santa Joana, ou a São Gonçalinho com a sua peculiar festa de janeiro.