Museu Arte Nova

O Museu Arte Nova está instalado na antiga residência da Família de Mário Belmonte Pessoa, construída entre 1907 e 1909, e está classificado como Imóvel de Interesse Público. A autoria do edifício é atribuída a Francisco Augusto da Silva Rocha, sendo possível a eventual colaboração de Ernesto Korrodi. A fachada do Museu Arte Nova é das mais impactantes ao nível da Arte Nova de Aveiro, pela profusão decorativa e pelas linhas orgânicas que apresenta, em que os materiais [pedra, ferro, azulejo, madeira e vidro] foram pensados como um todo harmonioso.
Dentro do Museu o visitante pode conhecer o contexto socioeconómico e cultural do movimento Arte Nova que proliferou entre os finais do século XIX e os inícios do século XX e que teve expressão maior em Aveiro, entre 1904 a 1920. A inspiração na Natureza, entendida como fonte de estudo e de inspiração, conta-se entre as características principais da Arte Nova, que recorre a motivos decorativos de animais e de plantas, mas também a linhas fluidas e formas orgânicas, refletindo uma revolução estética que aliou o belo ao desenvolvimento técnico e científico e que se continua hoje a refletir nos princípios do biodesign e do funcionalismo biológico. As exposições temporárias em torno de temas da Arte Nova complementam a exposição permanente.
A partir do Museu Arte Nova, o visitante é convidado a percorrer a cidade e a realizar o circuito que constitui a sua verdadeira coleção, composta por 28 elementos reveladores de uma multiplicidade de abordagens. Para além das fachadas de residências e de edifícios dedicados ao serviço público, ao comércio e à indústria, a coleção inclui dois monumentos, um dos quais a escultura funerária, “Último alento”, no Cemitério Central.